
Audiometria de altas frequências

Audiometria de altas frequências
A audiometria de altas frequências é um exame que avalia a capacidade auditiva em frequências superiores às que são tradicionalmente testadas em uma audiometria tonal convencional. Enquanto a audiometria tonal comum avalia frequências de 250 Hz a 8.000 Hz, a audiometria de altas frequências testa sons entre 8.000 Hz e 20.000 Hz.
Objetivo e importância:
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Diagnóstico precoce de perda auditiva: É especialmente útil para detectar perdas auditivas precoces, antes que elas se manifestem nas frequências mais comuns (usadas na comunicação). A perda auditiva nas altas frequências costuma ser o primeiro sinal de danos ao sistema auditivo.
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Monitoramento de tratamentos ototóxicos: Muitos medicamentos, como quimioterápicos e antibióticos (aminoglicosídeos), podem causar perda auditiva. A audiometria de altas frequências ajuda a detectar esses efeitos antes que eles afetem as frequências da fala.
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Exposição a ruídos: Profissionais expostos a ruídos intensos (músicos, trabalhadores de indústrias) podem desenvolver perdas auditivas nas frequências altas devido ao desgaste precoce das células ciliadas da cóclea.
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Diagnóstico de envelhecimento auditivo (presbiacusia): A perda auditiva relacionada à idade frequentemente começa nas altas frequências, por isso este exame é importante para monitorar a audição de pessoas mais velhas.
Como o exame é realizado:
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O procedimento é semelhante ao da audiometria tonal convencional. O paciente escuta sons em diferentes intensidades e frequências e indica quando consegue ouvi-los.
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Os fones de ouvido usados no teste são especiais, pois devem ser capazes de reproduzir as frequências ultrassônicas que vão além da faixa da audição normal.
Interpretação dos resultados:
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A perda auditiva em altas frequências pode ser indicativa de danos no ouvido interno, particularmente nas células ciliadas da cóclea que respondem a essas frequências.
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Pacientes com perda auditiva nessas frequências podem ter dificuldade em entender sons como consoantes fricativas (como "s", "f", "sh"), que têm componentes de alta frequência, o que pode comprometer a compreensão da fala em ambientes ruidosos.
Este exame é especialmente recomendado em casos de monitoramento de pessoas com risco de perda auditiva, como idosos, pacientes em tratamento com medicamentos ototóxicos ou pessoas expostas a altos níveis de ruído.